22 de agosto de 2010

É quando pensamos que tudo acabou...

Quem já passou pelo bairro 2 de Julho, a praça da Piedade e a avenida Sete de Setembro, não preciso dizer que são lugares muito movimentados em Salvador. Contudo, aos sábados, principalmente à noite, o ambiente fica completamente ermo. Passava por lá quando fui tomada por uma multidão, prontamente pensei: “passeata política”, algo que naquele momento não me pareceu agradável, “coisa mais fora de hora, logo agora que vou pegar o ônibus para voltar para casa”. Entretanto, quando me dei conta, não se tratava de uma manifestação política, mas sim dos vinte e um anos de morte de Raul Seixas. Por um momento, até me distraí enquanto tentava chegar ao ponto de ônibus. Porém – e também por sorte, – rapidamente peguei a minha condução, antes que a passeata viesse interromper as vias de acesso ao bairro que resido. Durante o percurso até minha casa, foi que se deu o ápice da minha reflexão sobre o assunto que até aquele momento pouco importava. Quando distraída pensava nos devotos do “Maluco Beleza”, uma mulher me chamou a atenção, possuía em suas vestes muitos adesivos da candidata à presidência Marina. Ela conversava com cada passageiro do ônibus falando de propostas e política, defendia fervorosamente sua candidata. Nada tenho contra Raul Seixas ou em defesa de Marina, mas em tempos de eleições se fazer uma passeata que em nada defende direitos do cidadão ou deveres dos candidatos, soa no mínimo como falta de importância com os próprios direitos. É evidente que não é somente em tempos como estes que devemos nos mobilizar por essa causa, porém é o momento oportuno para que se obtenha alguma atenção. Foi quando pensei que tudo havia acabado que pude observar atônita, na sessão Últimas do jornal A Tarde a notícia sobre a homenagem dos fãs. E você, pensa que acabou?

3 comentários:

  1. Sou fã de Raul e tenho um pouco de maluca beleza em minha essência. Quanto à cover de "Marina Silva", bem: quando acabar, a maluca sou eu... Rss

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  2. Amigaaaa! Encontrei a mesma passeata em meus caminhos e eu indo para o curso pleno sabado a noite, já sabe cheguei lá mais do que estressada.Incrivel que tudo por aqui se resume em algazarra.Pois outro dia o campo grande tambem foi tomado, mas dessa vez pelos "barraqueiros" que protestavam contra a decissão da derrubada das barracas da orla em ritmo de festa e com bastante cerveja e sempre a população que paga o preço!!! Ah! pra completar peguei o buzu em pé. :(

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  3. Nega...branca rsrsrsrrs,
    penso que toda manifestação cidadã é plausível. Nunca, em nenhuma situação, vai ser agradável para quem não está nela, e nem comunga com os motivos da manifestação. O que nós queremos mesmo é estar de bem...pegar logo o ônibus, e de preferência sentada, né Déa? (comenta´rio acima)..ir no posto e ser atendida, enfim, ser respeitad@. Pois é amiga, o sistema é bruto, e se não houver algumas manifestações o poder publico não faz valer. Bjus

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